Uma nova marca do agro de São Paulo foi inaugurada, nesta quarta-feira (28/02), na sede da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, durante cerimônia oficial que reuniu representantes do setor agropecuário. Na ocasião, o secretário de Agricultura, Guilherme Piai, assinou portarias que criam o Programa Estadual de Bem-Estar Animal e que apresenta o novo modelo de identificação de vacinação contra a brucelose.
“Hoje, São Paulo sai na frente mais uma vez com essa nova marca para o agro do Estado. Bem-estar animal significa segurança jurídica, garantindo um documento que comprova boas práticas, valorizando a pecuária paulista e abrindo novos mercados internacionais, cada vez mais restritivos”, destacou o secretário Guilherme Piai.
A Secretaria apresentou um novo modelo de identificação de vacinação contra brucelose ao setor pecuário. Trata-se de uma alternativa, mas não obrigatória, à marcação a fogo utilizada nas bezerras de três a oito meses de idade vacinadas. Essa é uma forma de estimular a produtividade e a qualidade do manejo, além de aumentar a segurança do trabalhador rural e do médico veterinário. O bem-estar animal contribui com uma imagem positiva do setor pecuário paulista e de seus produtos.
Para o coordenador da Defesa Agropecuária, Luiz Henrique Barrochelo, o anúncio é mais uma importante realização no âmbito da defesa, sanidade e segurança. “Inauguramos mais uma ação que demonstra nosso compromisso e confiança no produtor. Já alcançamos recordes contra a febre aftosa, com 100% do rebanho vacinado, e 99,8% contra a brucelose. Hoje, mais um importante anúncio para a agropecuária paulista”, apontou Barrochelo.
As resoluções assinadas pelo secretário Guilherme Piai instituem o plano estadual de bem estar animal; recomendam procedimentos básicos de bem-estar para eventos de concentração e atualizam diretrizes do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal no Estado de São Paulo.
“Somos o primeiro Estado do Brasil a dar a alternativa de escolha ao pecuarista não marcar o gado. Para aqueles que optarem pelo novo modelo, o manejo será mais adequado, gerando menos estresse e facilitando a vida dos veterinários. Quanto melhor o produtor tratar o animal, mais lucrativa será a sua atividade. São Paulo lidera esse processo para que muitos outros estados brasileiros façam como nós, deixando um legado importantíssimo”, concluiu Guilherme Piai.
A pecuarista Carmen Perez, homenageada no evento por sua notável defesa pelo bem-estar animal, concorda sobre os benefícios sustentáveis e produtivos da inovação lançada pela Secretaria de Agricultura. “É um grande prazer saber que São Paulo, Estado de muita credibilidade, abra o caminho para essa escolha importantíssima. Já existem pesquisas no mundo todo demonstrando os prejuízos da marcação no animal, realizada em um local cheio de terminações nervosas. Parabenizo todos envolvidos no projeto que vai transformar a cadeia produtiva”, destacou a pecuarista e palestrante.
Outro homenageado foi o professor do Departamento de Zootecnia da Unesp Jaboticabal e especialista em Bem-Estar Animal, Mateus Paranhos, que pontuou que o evento representa uma mudança de paradigmas: “É fundamental, uma marca para o Estado. A mudança de comportamento é sempre difícil, mas a cadeia produtiva não pode ficar vulnerável a isso”, afirmou Paranhos.
O evento também contou com a presença do secretário executivo de Agricultura e Abastecimento, Edson Fernandes; do secretário da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto e dos deputados estaduais Lucas Bove e Danilo Balas.
SISP Artesanal: um marco para os produtores da categoria
Durante a cerimônia, a Defesa Agropecuária também anunciou um marco no âmbito dos produtores artesanais registrados no Serviço de Inspeção (SISP). Foram oficializados 70 registros, 35 apenas no último ano, consolidando São Paulo como o segundo Estado com o maior número de estabelecimentos artesanais registrados pelo SISP, com expectativa de assumir a primeira posição em alguns meses.
“Em menos de um ano, fizemos o que havia sido realizado em 20 anos. Nossos registros mensais hoje já ultrapassam a demanda de estabelecimentos industriais, e pretendemos reestruturar nosso serviço para aumentar ainda mais nossa eficiência frente à demanda de registros de produtos artesanais e, em breve, produtos de origem vegetal, como bebidas, azeites, compotas e doces”, destacou Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da CDA.
Por ASCOM SAA/SP
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