Lima ácida Tahiti: pesquisa determina uso eficiente de cobre no controle de cancro

2 de agosto de 2022

Estudo revelou ainda que os frutos da lima ácida Tahiti levam cerca de quatro meses para atingir esse tamanho na primavera e verão, período em que o controle deve ser rigoroso
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Lima ácida Tahiti: pesquisa determina uso eficiente de cobre no controle de cancro
Pesquisa avaliou o período de suscetibilidade da lima ácida Tahiti ao cancro cítrico e a eficiência do uso otimizado do cobre – Foto: byrdyak/Freepik

Realizada pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), em parceria com a Embrapa, uma pesquisa avaliou o período de suscetibilidade da lima ácida Tahiti ao cancro cítrico e a eficiência do uso otimizado do cobre no manejo da doença nos pomares da fruta. Assim como para laranja, o cobre é a medida mais eficiente para o manejo do cancro nessa fruta.

Para o estudo, experimentos foram realizados em campo com frutos não protegidos com cobre e inoculados por aspersão com a bactéria causadora do cancro cítrico. Após a aplicação, os pesquisadores constataram lesões em 90,7% dos frutos jovens com diâmetro entre 1 e 1,9 cm e em 70,9% com diâmetro de 2 a 2,9 cm.

Lesões na lima ácida Tahiti

Em limas com diâmetros intermediários, entre 3 a 3,9 e 4 a 4,9 cm, as probabilidades de desenvolvimento de lesões da doença diminuíram para 41,9% e 19,1%, respectivamente. Já em frutas com diâmetro superior a 5 cm, a chance de desenvolvimento de algum sintoma foi de apenas 1,1%. O mesmo ocorreu em relação ao número de lesões. Frutos que tinham de 1 a 1,9 cm e de 2 a 2,9 cm de diâmetro quando foram infectados apresentaram, em média, 3,4 e 3,5 lesões, respectivamente. Já naqueles com 3 a 3,9 cm e 4 a 4,9 cm de diâmetro, a média de lesões caiu para 2,2 e 1,3, respectivamente.

Por fim, a média de sintomas em limas com diâmetro acima de 4,9 cm foi de 0,3 lesões por fruto – para esse tamanho de limão, foi observada apenas uma lesão em um dos quase cem frutos avaliados. “Os resultados demonstram que a suscetibilidade da lima ácida Tahiti ao cancro cítrico diminui na mesma proporção que o crescimento do fruto, que, assim como a laranja, se torna resistente quando atinge 5 cm de diâmetro. O estudo revelou ainda que os frutos levam cerca de quatro meses para atingir esse tamanho na primavera e verão, período em que o controle deve ser rigoroso”, observa o pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau, coordenador do trabalho.

Manejo

A pesquisa do Fundecitrus demonstrou também que a dose e o volume de calda de cobre podem ser os mesmos preconizados no manejo do cancro cítrico em pomares de laranja. O resultado da pesquisa evidenciou, ainda, que o cancro cítrico pode ser manejado com o sucesso e de forma sustentável em lima ácida Tahiti, desde que as medidas de controle sejam apropriadamente empregadas.

Os detalhes completos desse trabalho estão na edição Nº 57 da Revista Citricultor. Acesse: https://www.fundecitrus.com.br/comunicacao/revista_detalhes/revista-citricultor—edicao-57/76.

Fonte: Fundecitrus

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