A Itaipu Binacional do lado brasileiro, promoveu na manhã desta quinta-feira (17), a terceira despesca de tilápias da unidade de pesquisa em tanque-rede no braço do Rio Ocoy, em São Miguel do Iguaçu.
Para qualquer pescador, amador ou profissional, retirar 20 toneladas de peixes da água de uma vez só é um sonho, ainda mais quando o peixe em questão é a tilápia que tem um grande apelo comercial.
Ainda é um sonho, mas pode virar realidade depois que a pesquisa que está sendo realizada pela Itaipu na produção da espécie em tanques redes no reservatório da Binacional for concluída.
O objetivo da pesquisa é avaliar as questões ambientais associadas ao cultivo de tilápia, com foco em qualidade de água, sedimento e ictiofauna nativa.
A tilápia é uma espécie exótica, por isso não pode ser cultivada em águas federais, mesmo já tendo invadido rios e reservatórios em todo o Brasil.
Aqui na região oeste do Paraná a situação é ainda mais complicada porque a legislação paraguaia não permite este tipo de cultivo, essa experiência que está sendo realizada pode trazer resultados excepcionais para que esta legislação possa ser mudada, já que os técnicos estão conseguindo provar que é possível fazer esta produção sem prejudicar o ambiente e ainda aumentar a renda de pequenos produtores e pescadores da região.
Para garantir a produção sem riscos, os peixes foram modificados sexualmente. Todos os exemplares são machos para evitar que numa possível fuga dos tanques, eles possam se reproduzir na região.
O estudo iniciado em 2017 é inédito no reservatório, sendo considerado um dos mais completos no cenário mundial, pelo tempo em que é executado e por considerar todos os aspectos ambientais possíveis antes, durante e após cultivo.
O resultado das pesquisas vai ajudar a subsidiar tomadas de decisão das entidades públicas, vinculadas à legalização, ordenamento e fiscalização do cultivo de peixes em águas da União.
Já está provado por exemplo que a produção em tanques redes é muito maior com relação aos tanques escavados, todos os peixes retirados dos tanques serão distribuídos a escolas públicas, abrigos de idosos e comunidades indígenas.
Por Catve.com
Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil