Hortifruti: O que é importante para o consumidor do futuro?

14 de março de 2023

Depois de períodos restritivos impostos pela pandemia, o retorno à “vida normal” vem revelando mudanças interessantes no comportamento, nas prioridades e nas exigências de consumidores do Brasil e do mundo.
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O que é importante para o consumidor do futuro?

Tais alterações nos hábitos do consumidor foram apontadas e discutidas em recentes relatórios de importantes consultorias. Ainda que estes estudos e pesquisas tragam resultados amplos, a equipe da revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, traz para a edição deste mês análises de informações relacionadas ao consumo de alimentos em geral. 

Dentre os relatórios avaliados pela equipe esteve o “Sinais de Fome”, divulgado em dezembro de 2022 pela consultoria norte-americana KPMG, que reuniu diferentes pesquisas sobre as tendências de consumo de alimentos, principalmente nos Estados Unidos. A Equipe do Cepea analisou também o Consumer Insights 2022, da Kantar, que mostra a reconfiguração do consumo, tanto dentro quanto fora do lar, no período de 12 meses (encerrado em setembro/22).

Outros relatórios avaliados foram o da McKinsey & Company, com dados de e-commerce, e o White Paper da WGSN, “Consumidor do Futuro 2024”, que identificou perfis de consumidores que devem ser priorizados. Para avaliar como as tendências de consumo influenciam o mercado de frutas e hortaliças, foram utilizados os relatórios da Euromonitor, com análise dos dados de venda de frutas e hortaliças no varejo brasileiro.

De um modo geral, algumas tendências de hábitos de consumo observadas nos relatórios avaliados poderão ser postergadas, por conta do limitado poder de compra do consumidor – não só do Brasil, mas global, diante do aumento da inflação. Em especial, no Brasil, nestes últimos anos, observa-se que o consumidor vem gastando mais e comprando menos alimentos.

Perfis do consumidor do futuro

É muito importante para agentes do setor de HF entender o perfil do consumidor como um todo para que a cadeia de alimentos tenha estratégias e ações eficazes para ganhar cada vez mais clientes. Para isso, a Hortifruti Brasil fez um compilado do White Paper “Consumidor do Futuro 2024”, da WGSN, autoridade global em previsão de tendências de consumo, e separou o consumidor em quatro grupos etários: geração Z (jovens abaixo de 25 anos), geração Y (pessoas entre 25 e 40 anos, principalmente), geração X (população na casa dos 41 aos 60 anos) e os baby boomers (acima de 60 anos).

A pandemia e a consequente alta do custo de vida proporcionaram diferentes experiências para cada um destes grupos, e isso deve impactar nas decisões de compra, na saúde física e, sobretudo, emocional, no médio e longo prazos.

E empresas devem ficar atentas à geração mais jovem, que está mais propensa a mudanças e mais consciente e preocupada com a saúde e questões ambientais. E a tecnologia hoje desempenha um papel vital na decisão de compra de frutas e hortaliças! É por meio das redes sociais que o consumidor fica sabendo de novos produtos, compartilha opiniões e define suas escolhas. Por um lado, muitas estratégias estão disponíveis para promover um consumo maior de frutas e hortaliças, mas, por outro, o setor produtivo de frutas e hortaliças deve continuar oferecendo um alimento seguro e saudável.

Por CEPEA

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