O mercado físico do boi gordo continua a demonstrar apetite para ajustes positivos nos preços da arroba, informa a equipe de analista da Agrifatto.
“Os frigoríficos estão tentando esfriar a pressão positiva (nos preços do boi gordo) negociando apenas o suficiente para sustentar as escalas de abate em oito dias”, afirma a Agrifatto, referindo-se ao mercado paulista.
A mesma consultoria acrescenta: “Do outro lado do balcão, os pecuaristas liberam menos animais e o mercado permanece pra cima”.
Nas praças paulistas, apurou a Scot Consultoria, as cotações de todas as categorias de bovinos gordos ficaram estáveis nesta quinta-feira (21/9), um reflexo de um melhor escoamento de carne bovina no mercado interno e da redução na oferta de animais terminados.
“Os pecuaristas continuam retraídos e, com isso, ofertas de compra acima da referência estão aparecendo, porém, sem grandes negócios efetivados”, afirmam os analistas.
Segundo a Scot, no mercado paulista, o boi “comum” (direcionado ao mercado interno, sem prêmio-exportação) é negociado por R$ 215/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 190/@ e R$ 205/@ (preços brutos e a prazo).
Arroba “boi China”
A arroba do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) está precificada em R$ 220 (preço bruto e a prazo), com ágio de R$ 5/@ em relação ao animal “comum”.
De acordo com apuração da S&P Global Commodity Insights, a quinta-feira registrou estabilidade nas cotações da arroba bovina na maioria das praças brasileiras.
“Apesar de existir compras de boiadas gordas para composição de escalas até cinco dias, os frigoríficos que já garantiram oferta para operações a partir de uma semana se ausentam dos negócios”, afirma a S&P Global, acrescentando: “O objetivo (das indústrias) é reduzir a pressão altista na arroba”.
Na avaliação da consultoria, a oferta de animais terminados segue enxuta na maior parte das praças pecuárias monitoradas, um sinal de que os pecuaristas podem ser favorecidos com novas altas (do boi gordo) no curto prazo.
“As escalas encurtadas e, consequentemente, a necessidade de novas aquisições de lotes terminados devem fomentar novos avanços na última semana de setembro”, reforçam os analistas.
A consultoria também apurou estabilidade no mercado paulista, “apesar dos relatos de que alguns players reduziram os seus abates diários, operando com escalas curtas, de até cinco dias”.
Por Portal DBO
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