A 46ª Expointer terminou neste domingo (03/09), em Esteio (RS), com faturamento de R$ 7,98 bilhões acumulados ao longo de nove dias, um crescimento de 11,76% em relação a edição de 2022 (R$ 7,14 bilhões).
O setor de máquinas agrícolas foi o que mais fechou negócios, somando cerca de R$ 7,3 bilhões durante a feira, dos quais 30% são provenientes do Pronaf. Adjacente a este segmento, os veículos automotores alcançaram o número de R$ 471 milhões.
O balanço foi divulgado durante coletiva de imprensa realizada neste domingo, na cidade gaúcha. A organização destacou também a receita movimentada no Pavilhão da Agroindústria Familiar na Expointer, de cerca de R$ 8,6 milhões.
O público foi recorde, com 818.943 mil visitantes de 26 de agosto até às 13h30 deste domingo, aumento de 5,96% em relação ao ano anterior. De acordo com a diretoria da feira, estes valores podem se alterar porque os pavilhões devem fechar às 18h.
No setor de animais, o faturamento foi de R$ 11,7 milhões, menor do acumulado na feira de 2022, quando o segmento atingiu R$ 12,5 milhões.
Pela primeira vez, a feira contabilizou o valor faturado pelo segmento de insumos, que alcançou R$ 86,7 milhões.
No comércio geral, a feira cresceu 47% em comparação a 2022 e chegou a mais de R$ 55 milhões somados desde o primeiro dia (26/08) de evento.
A próxima edição acontecerá de 24 de agosto a 1 de setembro de 2024.
Crédito Rural na Expointer
A Expointer movimentou aproximadamente R$ 7,4 bilhões em crédito rural. Pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foram ofertados cerca de R$ 518 milhões.
O Banco do Brasil concedeu R$ 1,35 bilhão durante o evento, enquanto o banco regional Banrisul transacionou R$ 1,26 bilhão. Outros bancos ainda estavam consolidando os volumes de negócios fechados.
No caso do banco gaúcho, o valor representa um crescimento de 52% em relação ao registrado na feira de 2022.
Do total, R$ 663 milhões foram destinados ao financiamento de máquinas e equipamentos, R$ 73 milhões para armazenagem e R$ 344 milhões para irrigação, correção de solo, sistemas de energias renováveis e desenvolvimento. Outras linhas somaram R$ 184 milhões.
As principais linhas de crédito foram Moderfrota Pronamp, Renovagro, Moderfrota, Proirriga, PCA e Pronaf Máquinas. Para o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, “o resultado recorde desta edição foi alcançado graças à disponibilidade de recursos, aos esforços na melhoria do atendimento aos produtores e à modernização dos processos internos de contratação”.
Descontentamento da cadeia leiteira
Durante o anúncio do balanço, o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Eugênio Edevino Zanetti, voltou a mencionar a “frustração” dos produtores de leite com a visita do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Segundo ele, o setor tem uma “previsão catastrófica” até o final do ano e, por isso, os produtores esperavam anúncio mais contundente por parte do Mapa.
Para ele, uma das primeiras medidas é “barrar o leite em pó do Mercosul” em favor do produto gaúcho.
Por Globo Rural
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