Queijo bom não é só o mineiro. As queijarias capixabas estão sendo bem representadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), no 36° Congresso Nacional de Laticínios, que acontece entre terça-feira (18) e quinta-feira (20), em Juiz de Fora, Minas Gerais. Durante o evento, os representantes da Secretaria de Agricultura estarão apresentando trabalhos científicos sobre a caracterização dos queijos do Espírito Santo e as condições sanitárias das queijarias capixabas.
Queijos Artesanais
Nesta 36ª edição, o Congresso Nacional de Laticínios traz os temas “Como a indústria de laticínios pode se preparar para o futuro” e “Inovação e Gourmet com foco nos queijos artesanais mineiros”. Nos dois momentos, especialistas em pesquisa e produção de leite e derivados vão debater os temas e apresentar uma visão geral sobre eles, discutindo novas abordagens, tendências e perspectivas para a cadeia produtiva.
Atualmente, o Espírito Santo produz cerca de 1 milhão de litros de leite por dia, o que representa cerca de R$727 milhões anuais de faturamento e cerca de dez mil produtores de leite. O Estado exportou 6 toneladas de queijo em 2022, gerando receita de U$ 70.113 dólares.
“O Governo do Estado vem buscando estratégias para aumentar a produtividade de leite nas propriedades rurais capixabas para atender a demanda interna. Entre as estratégias estão a criação e a implementação do Programa de Desenvolvimento da Cadeia do Leite no Espírito Santo, que tem como intuito atingir a autossuficiência na produção de leite no Estado.
Além disso, a exportação de laticínios também é presente na economia capixaba. Somente no primeiro semestre de 2023, foram exportadas 3,3 toneladas, com receita de, aproximadamente, US$39 mil dólares”, pontuou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
Durante o congresso, a Secretaria da Agricultura vai apresentar os resultados de um projeto de pesquisa voltado para a caracterização de produtos capixabas com qualidade e vinculada à origem, que faz parte do Banco de Projetos de Pesquisa da Seag. O projeto caracterizou a Piuna, o Kaseschimier e o “Queijo Minas” como os produzidos no Espírito Santo.
Espera-se, com isso, o reconhecimento formal dos queijos como tipicamente artesanais capixabas e a melhoria das políticas públicas para o segmento. Além disso, a Secretaria da Agricultura terá um representante entre os jurados do Concurso Nacional de Produtos Lácteos, elegendo os melhores produtos do Brasil em diversas categorias de queijos, manteiga, requeijão e doce de leite.
“Esse reconhecimento formal dos queijos como tipicamente artesanais do Espírito Santo vai possibilitar que os produtores capixabas possam solicitar o Selo Arte, que é um certificado de identidade e qualidade e que possibilita o comércio nacional de produtos alimentícios elaborados de forma artesanal. Ou seja, além de valorizar cultural e historicamente a produção de queijo no Estado, também permite a agregação de valor ao produto e o comércio para todo o País”, comentou o coordenador de agroindústria da Secretaria da Agricultura e jurado do Concurso Nacional de Produtos Lácteos , Jackson Fernandes de Freitas.
Juiz representante da Seag o coordenador de agroindústria Jackson Fernandes de Freitas.
*Fotos: Divulgação Seag
Por Conexão Safra
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