Equipe brasileira participa do Mundial de Enduro Equestre na Itália

21 de maio de 2021

Endurance World Championship será realizado no dia 22 de maio, em Pisa, com a participação de 13 países
Compartilhe no WhatsApp

Inegavelmente, a pandemia da Covid-19 obrigou o mundo a se reinventar. No mundo dos esportes equestres não foi diferente, com vários campeonatos adiados e até cancelados. Como foi o caso do Mundial de Enduro de 2020, que estava previsto para acontecer em setembro, mas foi adiado e agora remarcado para maio deste ano, em Pisa, na Itália, com a confirmação da participação de equipes de 13 países, entre eles o Brasil. 

Se anteriormente a única preocupação dos cavaleiros brasileiros era com a condição física dos cavalos, em razão da longa viagem até a Itália e a estressante quarentena, agora eles precisaram lidar com outras adversidades. Afinal, a maior apreensão acabou sendo a chegada dos próprios cavaleiros na Itália, isso em função das inúmeras restrições dadas por outros países ao Brasil por conta da crise sanitária em decorrência da pandemia. 

Mesmo assim, a equipe brasileira de enduro conseguiu driblar essas questões e está confirmada para participar da prova de 160 km do Endurance World Championship, no dia 22 de maio, no Parque San Rossore, em Pisa, na Itália. O time Brasil é formado por quatro experientes cavaleiros, Felipe Morgulis, André Vidiz, Renato Salvador e Rodrigo Barreto. 

Estrutura e expectativa para o Mundial de Enduro

“Com relação aos cavalos, a gente já tinha um grupo forte que estava na Europa e um no Uruguai. Então, conseguimos driblar tanto as dificuldades da Covid quanto as sanitárias com relação ao mormo, de ter que fazer quarentena no Uruguai”, explica o técnico da equipe brasileira, Henrique Garcia. “São cavalos e cavaleiros experientes, já acostumados com esse tipo de ambiente”. 

De acordo com Garcia, o Mundial de Enduro na Itália teve um total de 80 inscrições, número baixo se comparado às edições anteriores à pandemia, que atingiam a casa dos 140 participantes. Mesmo assim, ele cita que as principais equipes do mundo no enduro irão participar, não alterando em nada o alto nível de competitividade do evento. 

“Esse mundial está acontecendo numa atmosfera diferenciada, mas a expectativa é muito boa”, diz o técnico, que ainda acrescenta: “As principais equipes estarão lá, como a da Espanha, Emirados Árabes, França e Uruguai, com cavalos importantes. E estamos todos confiantes, cada um sabendo o que tem de fazer. Não temos muita sobra, mas se fizermos um trabalho bem feito, o resultado por equipe pode ser bem positivo”.   

A previsão é que os cavaleiros da equipe brasileira cheguem a cidade de Pisa – na região da Toscana – no dia 19 de maio, enquanto a chegada dos cavalos está prevista para o dia 20. 

Animais da raça Árabe da equipe brasileira no Mundial de Enduro

O Puro Sangue Árabe (PSA), o macho, cavalo de 13 anos, Chambord Endurance, será montado por André Vidiz, de Bragança Paulista-SP.  Chambord é vencedor de quatro primeiros lugares em provas de 120 km no Brasil, 2º colocado na prova 160 km. 

A égua Saiph SBV, de 13 anos, também uma PSA, formará conjunto com o cavaleiro Felipe de Azevedo Morgulis, que há alguns meses mora em Milão, na Itália. Saiph, vários vezes premiada, é extremamente equilibrada, aliando inteligência à velocidade. 

O cavaleiro Renato Salvador, de Brasília-DF, irá competir com o Puro Sangue Árabe, Uzes Trio, de 9 anos. Trata-se de um cavalo rápido, de boa recuperação cardíaca, que nunca teve uma eliminação em provas. 

E Rodrigo Moreira Barreto, também de Brasília-DF, irá participar com a égua Koheilan Elvira, de 15 anos. Koheilan possui 18 provas de longa distância completadas e boas colocações em provas internacionais do esporte. 

Henrique Garcia reforça que, além de excelentes cavaleiros, a equipe brasileira ainda disputará o Mundial com os melhores cavalos. “Cavalo Árabe é sinônimo de resistência e a genética vem avançando muito junto com o esporte. Existem algumas linhagens já bem especificas de cavalos de enduro, e em todas essas linhagens temos cavalo Árabe. O Brasil tem uma capacidade e qualidade genética altíssima e, com certeza, o Árabe é a raça que comanda, porque foi selecionada para isso, para resistência. Hoje, não vejo como falar de um cavalo de enduro de alto nível sem associá-lo ao cavalo Árabe”, finaliza. 

Fonte: Assessoria de Imprensa ABCCA
Crédito da foto: Divulgação/ABCCA

Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil

Relacionadas

Veja também

Competição segue até 15 de novembro no Parque do Peão – CLC, reunindo os melhores competidores da raça Quarto de Milha e premiando com valores expressivos; evento também promove encontro para discutir o futuro do Laço Comprido na ABQM
O evento, um dos mais aguardados da pecuária brasileira, reuniu centenas de criadores e apresentou genética de ponta em um modelo de investimento que reafirma o protagonismo da marca.
Equipe campineira consolida desempenho histórico no Campeonato Brasileiro de Ranch Sorting com seis atletas entre os 20 melhores do ranking geral
Com entrada gratuita, evento reunirá as principais competições esportivas da raça apresentando toda aptidão do cavalo mais antigo do mundo