Em comemoração ao Dia Mundial do Queijo, comemorado nesta sexta-feira, 20 de janeiro, a equipe de reportagem do Portal MAB – Mundo Agro Brasil resolveu pontuar os queijos brasileiros artesanais que vêm recebendo destaque no mundo todo por sua diversidade de métodos de produção, características e sabores. Dessa forma, uma das maneiras de certificar a qualidade e a procedência do produto é através do registro de Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
No Brasil, o INPI divide os certificados de IG em duas categorias: indicação de procedência e a denominação de origem. Ambas regulam regras de fabricação de um determinado tipo produto dentro de uma área geográfica demarcada – uma comunidade, um município ou até uma região inteira. Mas a primeira modalidade atesta que a fabricação do produto decorre de um longo histórico e notoriedade. Já a segunda delimita que as características do produto decorrem das particularidades do território.
Você sabia que o IG é uma prática comum a muitos produtos internacionais? Por exemplo, somente os espumantes de certa região francesa podem ser chamados de Champange. Ao todo, o Brasil tem cinco queijos artesanais com o selo de Indicação Geográfica do INPI. Desses, quatro são de indicação de procedência e um de denominação de origem. Conheça os produtos:
Queijo do Marajó – Ilha do Marajó/PA
Foi em março de 2021 que o INPI decretou a IG do Queijo do Marajó. A delimitação da área envolve as cidades de Cachoeira do Arari, Chaves, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Soure. Esses locais fazem parte da base territorial do Arquipélago do Marajó, mais especificamente dos chamados Campos do Marajó, Microrregião do Arari, Mesorregião Marajó (PA).
O registro, de indicação de procedência, trouxe valorização para o produto, único da lista feito com leite cru de búfala. O Queijo de Marajó é símbolo da cultura marajoara, reconhecido no Brasil e no exterior. Um queijo diferenciado, de sabor único, que carrega as tradições da Ilha do Marajó, no Estado do Pará. Tem um sabor leve, refrescante e sutil. No paladar, o queijo proporciona uma explosão de sabores.
Queijo Serrano – SC e RS
O queijo serrano, produzido em Campos de Cima da Serra, nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, é o único da lista a ter recebido certificação de denominação de origem. O registro foi feito em 2020. É um dos principais produtos da agricultura familiar das regiões, em cidades como São José dos Ausentes (RS) e Lages (SC). É feito com leite de vaca cru e tem uma textura amanteigada. Também é conhecido como “Canastra do Sul” pela semelhança com o produto mineiro.
Queijo Canastra – MG
O queijo canastra teve seu registro de indicação de procedência feito em 2012. Também é um produto tombado como patrimônio imaterial do país, com sua produção sendo considerada uma atividade tradicional. Feito a partir de leite cru, o queijo amadurece durante o período de 21 a 40 dias e pode ser vendido semiduro ou mais macio. Tem sabor levemente ácido e picante, de fácil paladar.
Queijo Minas do Serro – MG
O Queijo Minas do Serro Conseguiu a indicação de procedência em 2011. O produto é elaborado na cidade de Serro, em Minas Gerais, e desde 2008 é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAM) como patrimônio cultural do Brasil. Ele tem como características uma cor branca amarelada, textura compacta, consistência semidura sabor brando e ligeiramente ácido e crosta fina.
Colônia Witmarsum – PR
Produto com indicação de procedência registrada desde 2018, a Colônia Witmarsum é uma comunidade rural de colonização alemã localizada no município de Palmeira, no interior do Paraná. Ao todo, a cooperativa produz 11 tipos de queijo, mas somente o colonial e o colonial com pimenta verde receberam o selo de Indicação Geográfica. Ambos têm um período de maturação de 25 dias e apresentam sabor suave e textura macia e massa envolta em casca.
Fonte: Globo Rural, Embrapa e Abraleite
Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil