Depois de quase 24 horas de impasse sobre o texto final do acordo da COP 28, em Dubai, a cúpula do clima da ONU chegou ao fim com um pacto negociado entre 195 países. É a primeira vez em 31 anos que o texto propõe uma transição energética para reduzir o uso de combustíveis fósseis.
O acordo, no entanto, não pontua medidas concretas para que isso seja realizado e não cita a eliminação total desses poluentes, como defendiam muitos ambientalistas. Caberá a cada país estabelecer as próprias metas neste processo.
Países produtores de petróleo negociaram para evitar termos mais duros. Mas, esta é a primeira vez que os participantes da cúpula do clima da ONU concordam em diminuir a dependência desses combustíveis.
O texto prevê que a capacidade de produção de energias renováveis seja triplicada em todo o mundo até 2030. E mantém o compromisso de que o aumento da temperatura média da Terra não ultrapasse um grau e meio.
O presidente da COP 28, Sultan al Jaber, classificou o acordo como histórico.
Juntos, nós confrontamos realidades e colocamos o mundo no rumo certo. Nós criamos um plano de ação robusto para limitar em um grau e meio o aumento da temperatura. É um plano que foi liderado pela ciência. É um plano equilibrado.
Em entrevista à CBN após o acordo, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ponderou que o texto ainda não prevê recursos suficientes para as ações necessárias.
O documento prevê um fundo de 420 milhões de dólares para apoiar os países mais afetados pelo aquecimento global. O valor, no entanto, é considerado baixo por especialistas.
Já o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, destacou os planos apresentados pela diplomacia brasileira no processo de negociação: “O Brasil apresentou um projeto muito interessante estratégia do ponto de vista de manutenção das florestas do mundo é que também demandará investimentos eh volutuosos o Brasil apresentou seu plano de transição ecológica apresentou os dados de redução significativa do desmatamento nas ações importantes Agricultura de Baixo Carbono, mas eu acho que sem sombra de dúvida na próxima conferência ainda o tema principal vai ser petróleo e eu fico muito feliz do Brasil ser liderado uma boa parte aí de todo o processo a diplomacia brasileira. Trabalhou muito para que a gente pudesse ter resultado um pouco melhores ao final dessa.”
A COP 28 foi presidida por Dubai, que é um grande produtor de petróleo. A COP 29, no ano que vem, será no Azerbaijão, um grande fornecedor de gás à Europa. Em 2025, o Brasil vai sediar a COP 30 em Belém, no Pará.
Por CBN
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