A grande demanda por produtos de origem animal e de alto valor nutricional faz do Distrito Federal uma região promissora para o desenvolvimento da avicultura, vocação que se confirma com os 5.788 produtores cadastrados na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). “As pequenas e médias propriedades são maioria nesta atividade, que não necessita de grandes extensões de terra para se desenvolver”, diz o coordenador do Programa de Avicultura da Emater-DF, João Gabriel Palermo.
Entre as vantagens da avicultura estão a geração de segurança alimentar, o pouco investimento e o menor consumo de água, em comparação a outras cadeias.
Na empresa Gema do Cerrado, focada em ovos caipiras, a produção média gira em torno de 2,4 mil ovos por dia, com a manutenção de 2,7 mil aves. O produtor rural e técnico em avicultura Ney Fabio Borges, 47 anos, que tem mais dois sócios, explicou que o negócio, iniciado para obter renda extra, tornou-se um trabalho prazeroso, ao garantir o bem-estar das aves, criadas soltas no pasto.
“Nossas aves são criadas soltas no pasto, em seu habitat natural, onde têm acesso a uma ampla área de pastagem e banho de sol”, conta o produtor rural. É importante destacar que não utilizamos nenhum tipo de antibiótico ou promotor de crescimento em nossas aves”, garante Ney.
Atualmente, a Gema do Cerrado trabalha sob sistema de entrega, com uma carteira de mais de 800 clientes. Em média, a empresa fatura de R$ 80 mil a R$ 85 mil por mês com a produção dos ovos e gera três empregos diretos e um indireto.
Os próximos passos de Ney em relação à empresa envolvem a expansão do negócio com mais dois galpões, cada um com capacidade para 1, 5 mil aves. O aumento irá resultar em um crescimento de 100% na produção nos próximos cinco anos.
Tecnologia
Considerando a avicultura caipira e industrial, o ramo representa 85% da produção pecuária do DF, segundo dados da Emater. Nele, há sempre o aprimoramento de novas tecnologias e novas formas de utilização dos insumos. “No semiconfinamento, no frango semi-intensivo tipo caipira colonial, nós usamos muitas tecnologias do frango industrial, só que adaptadas para essa realidade. O nosso frango é um frango criado em galpão, mas que também tem acesso a piquete, tanto o frango de corte, como a galinha poedeira. Como difere um pouco, nós vamos adaptando as tecnologias”, exemplifica o coordenador da Emater.
No DF, a cadeia de produção de frangos de corte — matrizes e frangos — é basicamente realizada no sistema de integração pecuária, enquanto a cadeia de ovos de consumo é feita por produtores independentes, explica Rodrigo Hermeto, engenheiro agrônomo, presidente do Sindicato dos Avicultores do Distrito Federal (Sindiaves) e diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do DF (Fape-DF).
Por Avisite
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