O monitoramento diário das áreas produtoras de soja no Brasil realizado pela EarthDaily Agro, empresa de sensoriamento remoto com uso de imagens de satélites, registrou visível queda da umidade do solo entre os dias 18 e 28 de setembro na zona de produção de soja. Somente o sul do Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul apresentam umidade do solo satisfatória para o plantio da safra de verão, que deve se acelerar nos próximos dias.
Os dados do sensoriamento remoto registraram baixo volume de chuvas nos últimos 10 dias em quase todo o país, com exceção dos estados do Nordeste e do Rio Grande do Sul, onde o alto volume tem resultado em danos em infraestruturas e alagamentos.
No Mato Grosso do Sul, as altas temperaturas registradas na segunda quinzena de setembro, associadas ao baixo volume de chuvas, resultaram em queda acentuada da umidade do solo, impactando o início do plantio. No entanto, o modelo europeu (ECMWF) aponta para temperaturas mais baixas nos próximos dias e retorno das chuvas, fatores que resultam em aumento da umidade do solo no curto prazo.
No sul de Goiás, as temperaturas máximas ficaram acima da média nos últimos dias, favorecendo alta evapotranspiração e deixando a umidade do solo baixa, mas, para o curto prazo, a previsão do modelo europeu indica temperaturas mais baixas e aumento da umidade, beneficiando o plantio da soja.
No Mato Grosso, o mesmo modelo europeu prevê aumento da umidade do solo nos próximos dias, registrando índice similar ao ano de 2022, quando o plantio apresentou ritmo acelerado em outubro, mesmo estando abaixo da média.
No norte e oeste do Paraná, a umidade do solo está bem abaixo da média, no entanto, a previsão aponta para uma mudança nesse quadro no curto prazo, o que é positivo para o plantio da safra de verão (soja e milho). No sul, centro e leste do estado as condições de umidade do solo estão satisfatórias.
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