Para entender não é preciso ir muito longe. Vamos olhar, apenas, os últimos 30 anos. Vejamos o quanto evoluímos e aprimoramos nosso sistema de produção de lá pra cá. Vejamos quanta pesquisa e tecnologia já foram desenvolvidas e aplicadas no campo em tão pouco tempo.
Outro dia, um amigo publicou: “Trajeto do agro é pra frente e pra cima. Com chuva melhor ainda!”. Descreveu, sabiamente, nosso cenário.
Estamos ótimos? Não. Ainda, não. Nunca estaremos. Sempre há o que aprender, melhorar e evoluir. Afinal, tudo muda. Mas a pecuária sempre anda junto ou um passo a frente. Logicamente, ainda temos muito “chão” pela frente, mas estamos trabalhando para andar no melhor passo possível. E parece que estamos fazendo bonito, andando a passos largos. Produzimos muito, produzimos bem e, melhor ainda, produzimos com responsabilidade e sustentabilidade.
O Brasil é, hoje, o maior produtor de soja e carne do mundo. Referência em açúcar, álcool, algodão… Não somos fracos. Mas isso não seria possível sem muita pesquisa, dedicação e implantação de tecnologias. Das planilhas de dados às gôndolas dos supermercados, há muito trabalho. Trabalho de primeira. Nosso alimento chega a 1bi de pessoas num planeta com pouco mais de 7bi. Somos bons no que fazemos e o fazemos com responsabilidade. Nossa produção está atrelada à sustentabilidade e dando exemplo ao mundo. Na produção deste “mar” de alimentos, utilizamos, apenas, 30% do território nacional e preservamos 66% de nossa vegetação nativa. Qual outro país faz isso? Em 40 anos, crescemos 425% a produção de grãos com um aumento de pouco mais de 40% na área plantada. Nossa carne sequestra carbono e tem a pegada hídrica mais ambiental do mundo. São 98,7% de água verde contra 94% da média mundial. Além disso, em 10 anos, a pecuária brasileira agregou 29% na produtividade de carne por hectare.
Se isso não é uma produção sustentável, não sei o que é.
Quem mais produz tanto e tão bem quanto o Brasil?
Como diz nossa atual ministra, Tereza Cristina (MAPA), “Nossos produtores há muito tempo já compreenderam que a preservação e a produção são indissociáveis, e que a sustentabilidade já é lucrativa.”
Para entender o “barulho” de alguns ambientalistas, talvez, o conceito de sustentabilidade para eles e para os produtores sejam distintos. Mas, independentemente disto, todos deveriam se orgulhar muito do mundo agro brasileiro e só fazer “barulho” a favor de nossa pecuária, não contra.
Afinal, em 2020, em plena pandemia, enquanto o mundo, literalmente, “parava”, o PIB da pecuária nacional teve um aumento de 24,56% em relação ao ano anterior. Em outras palavras, o PIB do agronegócio brasileiro alcançou participação de 26,6% no PIB brasileiro, contra 20,5% em 2019. Em valores monetários, o PIB do País totalizou R$ 7,45 trilhões em 2020, e o PIB do agronegócio chegou a quase R$ 2 trilhões.
E não pense que paramos por aí. Nossa área queimada e desmatada é menor a cada ano, a maior parte da nossa produção provém da agricultura familiar, 50,2% dos produtores tem até 10 ha e 31,3% tem de 10 a 50 ha. Totalizando 81,5% de pequenos produtores que preservam sua área, utilizam tecnologia e trabalham de domingo a domingo, faça chuva ou faça sol, para gerar a nossa riqueza de forma sustentável.
Somos, sim, exemplo, para o mundo, de competência, pesquisa, tecnologia e SUSTENTABILIDADE quando o assunto é pecuária.
Fontes: IBGE (2017), MAPA (2021), CEPEA (2021)