Produtores começam a colheita do pinhão e esperam bons resultados

2 de maio de 2021

Boa notícia que chega com o inverno, já que a previsão deste ano é de uma safra 60% maior que de 2020, chegando a 1,4 mil toneladas
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Para os apreciadores do pinhão, a boa notícia é que neste inverno ele não vai faltar na mesa do brasileiro. E quem é chegado a cozinhar já pode ir pesquisando as várias formas, simples e saborosas do consumo deste grão tradicional.

Os produtores de pinhão estão animados com expectativa de crescimento da produção para este ano. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), estima que em 2021 Santa Catarina colha entre 40% e 60% a mais de pinhão do que no ano passado, quando a produção chegou a 800 toneladas.

Cerca de 3 mil famílias da Serra catarinense trabalham nessa atividade. A colheita, que começou no início de abril, vai até junho. A previsão deste ano é de uma safra de 1,4 mil toneladas. O total é considerado abaixo das produções consideradas normais, quando passa de 3 mil toneladas.

“Em 2020 a safra foi praticamente insignificante, isso se considerar um ano normal. Ela foi de 10 a 20% , e em algumas localidades de exceção foi de até 30% do que seria a safra em um ano normal”, explica o gerente regional da Epagri em Lages, José Marcio Lehmann.

Apesar da previsão de uma safra abaixo do normal, os produtores estão otimistas. A produção de pinhão de 2021 vai compensar o prejuízo do ano passado. Em média, o quilo está sendo vendido pelo produtor a R$ 3,00. “Caso isso se mantenha, e com a safra é um pouco maior, já será satisfatório”, afirma Lehmann.

Pinhão é opção de renda e experiência que passa de pai para filho

No município de Painel, o que mais produz pinhão no estado catarinense, o trabalho para garantir uma renda extra não tem dia de folga durante esse período. De acordo com o produtor Orlei Arruda Melo, os trabalhos começam logo pela manhã e contam com a ajuda do filho para garantir o sustento da família. “É a melhor renda que a gente tem aqui na nossa comunidade, porque só a lavoura daqui não é suficiente. Tem que ser o pinhão para que possamos nos garantir”, explicou.

Outro exemplo é Lucas Souza Melo, que teve o pai como o professor para aprender a colher o pinhão. Com ajuda da espora ele chega a subir em até 30 pinheiros por dia. “Eu já subo nos pinheiros desde os 8 anos, isso é uma atividade que é passada de pai para filho”, disse.

Fonte: via assessoria

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