O decreto 697/24, publicado na segunda-feira (5) pelo governo da Argentina, trouxe importantes mudanças nas políticas de exportação para o setor agropecuário do país vizinho, relatam os analistas da Agrifatto.
As medidas — que entraram em vigor nesta terça-feira (6/8) — haviam sido antecipadas pelo presidente Javier Milei há 10 dias, durante a tradicional Exposição de Palermo, recorda a consultoria.
“Com o decreto, é possível que a Argentina demonstre uma maior pujança nas exportações de carne bovina”, acreditam os analistas da Agrifatto.
As principais mudanças do decreto são a redução para 0% dos direitos de exportação para produtos lácteos, para a carne de vaca e carne suína, além do corte em 25% de outras carnes.
Com isso, no setor de carne bovina, a taxa de imposto sofreu recuo de 3 pontos percentuais, passando de 9% para 6,75%, explica a Agrifatto.
“Essas medidas são vistas como uma tentativa de impulsionar o segmento agropecuário, podendo tornar as exportações argentinas mais competitivas”, ressalta a consultoria
Com a redução dos impostos, continuam os analistas, as margens de lucro podem melhorar, incentivando o crescimento no setor agropecuário.
“Os pecuaristas argentinos foram os que mais se entusiasmaram com as recentes mudanças na politica de exportação”, destaca a Agrifatto, acrescentando que os produtores esperam preços melhores para os seus animais.
No entanto, diz a consultoria, os frigoríficos locais seguem agindo de maneira cautelosa no mercado, pois estão enfrentando dificuldades devido aos baixos preços da carne bovina no mercado internacional, além de uma diferença de câmbio (oficial/paralelo) de aproximadamente de 35%, o que acaba impactando negativamente os negócios.
Por DBO
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