Search
Close this search box.

Calcário e sua importância para o desenvolvimento da agropecuária

28 de maio de 2021

Estudos científicos apontam que o calcário agrega uma série de vantagens, incluindo a produção de mais vagens por pé de soja, colmos mais fortes no milho e capim mais volumoso e nutritivo ao rebanho
Compartilhe no WhatsApp
Calcário e sua importância para o desenvolvimento da agropecuária

O Dia Nacional do Calcário Agrícola, que é comemorado em 24 de maio, trouxe à tona a importância do insumo natural para o desenvolvimento da agropecuária brasileira. É sempre bom lembrar, com reconhecimento, do papel do composto mineral no processo histórico de expansão da agricultura, que hoje permite, inclusive, sucessivos recordes nas safras do campeão nacional da produção de grãos, Mato Grosso. E também seu lugar na pecuária brasileira, que conta com o calcário como aliado para a maior e mais rápida conversão do capim em arroba de boi. 

Dessa forma, esse insumo natural proporciona benefícios comprovadamente entregues a lavouras e aos mais diversos perfis de culturas, propriedades e produtores rurais. Estudos científicos apontam que o calcário agrega uma série de vantagens, incluindo a produção de mais vagens por pé de soja, colmos mais fortes no milho e capim mais volumoso e nutritivo ao rebanho. 

Calcário: pesquisas no Mato Grosso

Pesquisa científica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) iniciada em 2014 ampliou o acervo de estudos nesse sentido. Liderada pelo professor Doutor Anderson Lange, se debruça sobre pés de soja e milho, com a aplicação de diferentes tipos, dosagens e granulometrias de calcário.

O ponto de partida da pesquisa foi analisar se a aplicação convencional de calcário adotada por produtores em Mato Grosso, de 2 a 2,5 toneladas de calcário por hectare cultivado, em superfície, era a mais apropriada, considerando os solos tipicamente ácidos da região. 

Testes e mensurações identificaram que a prescrição agronômica ideal beira as 5 toneladas do insumo ou mais, buscando-se elevar a saturação por bases do solo (o chamado V%) a 75%, patamar que sinaliza maior fertilidade. 

“Ainda há um paradigma, um medo, algo cultural entre os produtores que vieram do Sul e Sudeste do país, de que um suposto excesso de calcário em superfície provoque danos ao solo e consequentemente às plantas, um temor de que prejudique a fertilidade do solo. Mas os estudos estão demonstrando o contrário. A falta do insumo, aliás, é muito mais nociva à produtividade das lavouras”, alerta Anderson Lange. 

Sustentabilidade

Dada sua importância à maior produtividade, o calcário também tem seu espaço de afirmação na sustentabilidade. O uso regular e adequado do insumo, sob a devida prescrição técnica, assegura que o produtor obtenha mais resultados na produção numa mesma área já aberta. 

“Temos o orgulho de dar a nossa contribuição a uma engrenagem moderna, social e ambientalmente responsável, que ajuda a alimentar o mundo. É um insumo natural que está diretamente ligado à mesa de milhões de famílias”, destaca Ricardo Dietrich, presidente do Sindicado das Indústrias de Extração de Calcário de Mato Grosso (Sinecal-MT). 

Fonte: Sinecal-MT
Crédito da foto: Divulgação

Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil

Relacionadas

Veja também

O “O Campo Futuro” baseia-se no levantamento detalhado do custo de produção de diversas atividades agropecuárias.
Global Agribusiness Fórum e Global Agribusiness Festival, em junho, reúnem palestrantes internacionais, tecnologia, gastronomia e música no Allianz Parque
Objetivo é fortalecer o compromisso com o associado e impulsionar a excelência no melhoramento genético
O outono chegou e com ele a paisagem no campo começa a mudar, no sul do Brasil. As lavouras de soja, milho vão dando lugar ao trigo e outras culturas de inverno.