O rebanho brasileiro de bovinos confinados no Brasil deve somar neste ano 6,995 milhões de cabeças, leve queda de 0,5% em relação aos 7,028 milhões mapeados no ano passado, segundo projeção do Censo de Confinamento, elaborado pelo Serviço de Informação ao Mercado (SIM) da dsm-firmenich e antecipado ao Broadcast Agro. A empresa é detentora da marca Tortuga de suplementos nutricionais para animais.
Apesar da leve redução do confinamento entre 2022 e 2023, a dsm-firmenich enfatiza que o sistema intensivo vem crescendo na pecuária de corte ao longo dos anos. O rebanho deste ano é 47% maior do que os 4,75 milhões de bovinos confinados de 2015, quando a companhia começou a realizar o mapeamento. “O histórico de crescimento do número de bovinos terminados em um sistema de produção intensivo mostra um movimento robusto em direção ao aumento da produtividade. E isso, invariavelmente, passa também pela adoção de tecnologias de nutrição que ajudam a impulsionar os resultados zootécnicos e de rentabilidade”, diz, em nota, o vice-presidente do negócio de ruminantes da dsm-firmenich para a América Latina, Sergio Schuler.
O censo aponta que, em 2023, os cinco Estados com maior número de bovinos confinados são Mato Grosso, com 1,428 milhão de animais (estável sobre 2022); São Paulo, com 1,281 milhão (alta de 4%); Goiás, com 1,093 milhão (queda de 3%); Minas Gerais, com 816,98 mil cabeças (alta de 6%), e Mato Grosso do Sul, com 775,55 mil animais (queda de 6%).
“Até o momento, percebemos alta do confinamento em alguns Estados tradicionais da pecuária, mas queda em outras regiões. O mapeamento desse rebanho nos ajuda a identificar as tendências do setor e conhecer as particularidades regionais do sistema, cuja alta ou estabilidade pode estar relacionada a vários fatores que influenciam na atividade”, comenta no comunicado o gerente técnico de confinamento da dsm-firmenich para a América Latina, Hugo Cunha.
Tour de Confinamento
A companhia também divulgou, nesta quarta-feira, resultados das análises zootécnicas e financeiras feitas em confinamentos de oito Estados ao longo do segundo semestre de 2022, dentro do seu Tour de Confinamento. O levantamento foi feito em dez etapas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Goiás, Rondônia e Tocantins. A análise dos índices zootécnicos fica a cargo dos técnicos da dsm-firmenich, enquanto os resultados financeiros são elaborados pela equipe do Cepea-USP. A maior parte dos animais avaliados se refere a machos inteiros da raça nelore e cruzamentos, todos suplementados com tecnologias da dsm-firmenich.
A avaliação dos animais mostra que os bovinos ganharam, em média, 9,07 arrobas em 122 dias, entrando no confinamento com peso vivo inicial médio de 12,7 arrobas e saindo com 21,77 arrobas. Também foi verificado ganho de peso diário de 1,654 quilo, ganho diário de carcaça de 1,11 quilo e rendimento de carcaça de 56,04%. Do lado financeiro, o retorno sobre o investimento (ROI) foi de 2% no período para os produtores.
Para mensurar os índices zootécnicos, a equipe da dsm-firmenich avaliou vários critérios, como o número de dias que os animais permaneceram no cocho, peso vivo inicial (quilos e arroba), ganho de peso por dia (quilo), ganho médio diário de carcaça (quilo), peso vivo final (quilo e arroba), rendimento de carcaça (em porcentual) e arrobas produzidas por animal.
“Os animais confinados avaliados no tour comprovam que as tecnologias dsm-firmenich são efetivas ao contribuírem para que os animais acelerem o ganho de peso, ao mesmo tempo que traz uma série de benefícios em termos de acabamento e rendimento de carcaça, de modo alinhado às exigências da indústria frigorífica e dos consumidores domésticos e do mercado internacional”, comenta Cunha.
Para os índices econômicos, a equipe do Cepea-USP baseou-se em dados como valor do boi magro (em R$), valor da dieta por boi ao dia (em R$), custo operacional por boi ao dia (em R$), custo de oportunidade (custo do capital = 0,5% ao mês – valor fixo), valor total da diária por animal em reais (soma do valor da dieta + custo operacional por boi ao dia), custo total por bovino confinado por período (em R$), preço (em R$) da venda do bovino (receita) e ROI.
“O resultado financeiro registrado no Tour de Confinamento é muito positivo, pois demonstra que investir em tecnologia de ponta na dieta dos bovinos é fundamental para a atividade”, diz em nota o pesquisador do Cepea/USP, Thiago Carvalho.
Por Visão Agro
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