Conforme apresentado pelo professor e agrônomo Marcos Jank no Fórum Ric Rural em Pauta, durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), há duas grandes oportunidades globais para o agronegócio brasileiro crescer e ganhar liderança no mercado mundial, sendo por meio da segurança alimentar ou da segurança energética. Entre os assuntos discutidos no evento está a importância da comunicação.
“Esse é um tema muito importante. A gente tem que trabalhar imagem e comunicação no agro. A maioria absoluta dos brasileiros não sabe, não conhece, não têm ideia da progressão extraordinária do agronegócio brasileiro. Temos que conversar com as cidades, com as populações jovens urbanas nas escolas, onde surgem tantas distorções sobre o agro”, declarou Jank.
De acordo com Jank, essa comunicação deve ser feita fora do país também, de modo que os outros países conheçam os produtos do agronegócio, já que quando morou por cinco anos na Ásia, em 12 países diferentes, Jank contou não ter visto marca brasileira em produtos consumidos todos os dias, como soja, milho e carne, que são produzidos com commodities nacionais.
“Não podemos crescer de qualquer forma, de qualquer jeito. Agora, é crescer com cuidado, é crescer olhando para custos, olhando para margens, olhando para riscos, principalmente. Riscos climáticos, riscos de comercialização, riscos regulatórios, riscos de gestão, riscos de governança, de sucessão”, afirmou Jank.
Em referência a questão da segurança energética, o professor e agrônomo ressaltou a importância do etanol e biodiesel brasileiro e apresentou uma ideia que pode ajudar o país: “A produção de etanol e de biodiesel, junto com a cogeração de eletricidade, construiu uma experiência que não existe no mundo. O agronegócio vai continuar crescendo. Eu acho que os dois jogos, os dois tabuleiros mais importantes para o Brasil hoje são as grandes oportunidades no mundo da proteína e um potencial enorme no mundo da bioenergia. Nós vamos internacionalizar a nossa jabuticaba bioenergética”, disse, referindo-se à fruta que só existe no país e à enorme capacidade do Brasil de produzir energia sustentável.
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