Arroz, trigo e abóbora serão “biofortificados” pela Embrapa

16 de outubro de 2023

Rede BioFort retomará trabalhos de biofortificação com ferro, zinco e vitamina A nos alimentos
Compartilhe no WhatsApp
Arroz, trigo e abóbora serão biofortificados pela Embrapa

A próxima fase de uma rede de projetos da Embrapa responsável pelo desenvolvimento de alimentos biofortificados com ferro, zinco e vitamina A – a Rede BioFort – terá como prioridade a finalização do melhoramento para as culturas do arroztrigo e abóbora. O aumento dos teores de micronutrientes visa minimizar os impactos das deficiências nutricionais que causam doenças em decorrência da chamada “fome oculta”, principalmente nas populações mais vulneráveis.

No Brasil, a pesquisa trabalha com oito alimentos básicos, tendo sido responsável, desde 2002, pelo lançamento de 14 cultivares para culturas como mandioca, feijão, feijão-caupi, batata-doce e milho. A biofortificação, realizada a partir de melhoramento convencional no Brasil, tende a resultar em variedades com melhor produtividade e mais adaptadas a contextos de mudanças climáticas.

“No Brasil, os cultivos, além de serem bons nutricionalmente, precisam ter características que sejam de interesse para o agricultor, como alto rendimento, resistência a pragas e tolerância a estresse; para o consumidor, como aparência, sabor e tempo de cozimento; e para a indústria. No caso de grãos, rendimento e moagem, além de diversos usos como matéria-prima”, explica a pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e líder do Projeto, Marília Nutti.

Outra prioridade nos próximos anos será a melhoria da oferta e distribuição de sementes, ainda um gargalo para a capilarização da Rede BioFort, bem como o aumento de parcerias. Estratégias de comunicação, com públicos internos e externos, também devem ser trabalhadas, especialmente para popularizar o conceito de biofortificação e distanciá-lo da transgenia – não trabalhada pela Rede no País.

Biofortificação, fortificação e suplementação

Segundo Marília Nutti, a biofortificação consiste no processo de desenvolvimento de variedades com foco no aumento do conteúdo nutricional das porções comestíveis das plantas. Já a fortificação se trata do enriquecimento com nutrientes durante o processamento dos alimentos, enquanto a suplementação consiste na ingestão de nutrientes pela inserção dos mesmos na dieta das pessoas.

Por Globo Rural

Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil

Relacionadas

Veja também

Promovido na Estação Experimental de Santo Antônio de Posse (SP), Encontro dos Técnicos (ETEC) contribui para a expansão do setor
Procedimento que acompanha cada fase do ciclo produtivo dos animais foi incluído no Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos e será obrigatório em todo o país até 2032
Nova fronteira agrícola cresce de forma sustentável e posiciona o estado como destaque nacional na cacauicultura.
Estudo pioneiro do IZ visa aprimorar o rendimento e a qualidade do queijo, contribuindo para a rentabilidade dos produtores e o fortalecimento da cadeia do leite bubalino no Brasil.