AgTechs: conheça as empresas que estão revolucionando o agronegócio

25 de julho de 2023

Essas empresas desempenham um papel importante na transformação digital da agricultura, promovendo a modernização e a sustentabilidade do setor.
Compartilhe no WhatsApp
AgTechs: conheça as empresas que estão revolucionando o agronegócio

O ecossistema de inovação brasileiro conta com mais de 1,7 mil startups voltadas ao agronegócio, com a metade presente no Estado de São Paulo, de acordo com o Radar AgTech Brasil. Essas empresas desempenham um papel importante na transformação digital da agricultura, promovendo a modernização e a sustentabilidade do setor.

O mercado de AgTechs está em expansão nos últimos anos. O montante investido nas startups do agro foi de quase US$ 2 bilhões em 2022 no Brasil, colocando o País na sexta posição global de aportes no setor, segundo levantamento da AgFunder. O volume de recursos representa mais que o dobro de investimentos do ano anterior.

O que são AgTechs?

A agricultura de precisão é um dos focos das startups do setor de agronegócio. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
A agricultura de precisão é um dos focos das startups do setor de agronegócio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

As AgTechs, ou Agricultural Technologies, são empresas que utilizam tecnologia para desenvolver soluções inovadoras no setor agrícola, combinando conhecimentos em agricultura, Ciência de dados, Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) para melhorar a eficiência, a produtividade e a sustentabilidade nas atividades agropecuárias.

As tecnologias desenvolvidas pelas AgTechs incluem sensores, drones, softwares de análise de dados, aplicativos móveis, sistemas de monitoramento remoto e plataformas de agricultura digital. Com isso, ajudam a coletar informações em tempo real sobre o clima, o solo, as plantas e os animais, permitindo uma gestão mais precisa e eficiente.

Qual é a diferença das startups para as empresas tradicionais do agronegócio?

As AgTechs diferem das empresas tradicionais do agronegócio pela abordagem inovadora e focada em tecnologia. As startups buscam desenvolver soluções disruptivas e aplicar novas tecnologias no setor agrícola, enquanto os negócios tradicionais tendem a ter uma estrutura e processos mais estabelecidos com menor agilidade.

As diferenças não significam que as startups são necessariamente superiores às empresas tradicionais do agronegócio. A colaboração e a cooperação entre os dois modelos de negócio pode impulsionar a inovação e o avanço do setor agrícola como um todo.

Vantagens do modelo de negócio das startups do agro

As soluções desenvolvidas pelas AgTechs permitem uma gestão mais eficiente e precisa das atividades agropecuárias, resultando em otimização do uso dos insumos agrícolas e melhoria da saúde das plantas e dos animais. Isso permite uma produção mais sustentável e rentável para os produtores rurais. Veja as principais vantagens das startups do agro.

  • Agilidade e flexibilidade: startups têm a capacidade de adaptar rapidamente seus produtos e serviços às mudanças do setor agrícola.
  • Foco no cliente: as AgTechs estão mais abertas a ouvir as necessidades dos agricultores e do setor na totalidade, e desenvolvem soluções personalizadas para atender a essas demandas específicas.
  • Escalabilidade: por meio do uso de tecnologias digitais, elas podem atingir um grande número de clientes em um curto período.
  • Parcerias estratégicas: o ecossistema de inovação permite colaborações com grandes empresas agrícolas, fornecedores de insumos, distribuidores, instituições de pesquisa e até mesmo entre AgTechs.
  • Acesso a financiamento: o interesse em soluções inovadoras atrai recursos crescentes para pesquisa, desenvolvimento e crescimento.

As principais AgTechs do Brasil

A região de Piracicaba (SP), que abriga a Esalq/USP, é um dos principais centros de inovação em agropecuária do Brasil. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
A região de Piracicaba (SP), que abriga a Esalq/USP, é um dos principais centros de inovação em agropecuária do Brasil. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

As AgTechs do Brasil têm ganhado destaque no mercado global do setor agropecuário. Conheça algumas das principais startups brasileiras do agro.

Agrotools

A Agrotools oferece soluções digitais para o agronegócio, fornecendo inteligência na cadeia de suprimentos, compliance socioambiental e análises estratégicas para empresas do setor. Seus sistemas auxiliam na tomada de decisão por meio de um software de gestão e soluções voltadas à IoT.

Grão Direto

A Grão Direto é uma plataforma que facilita a negociação de commodities agrícolas, conectando vendedores, compradores, corretores e armazéns de grãos. Todo o processo é realizado digitalmente, proporcionando acesso a informações de preços e custos médios, além de cotações de moedas e ativos.

JetBov

A JetBov é uma AgTech focada em zootecnia aplicada à pecuária de corte. Sua solução de software monitora o ciclo reprodutivo dos animais, fornecendo dados relevantes para auxiliar na seleção para descarte e no controle de custos, visando otimização financeira.

Pink Farms

A Pink Farms atua no conceito de fazendas verticais, aproximando a produção agrícola das cidades e reduzindo desperdícios na cadeia de produção e distribuição. A empresa trabalha com assinaturas, garantindo entregas periódicas de produtos agrícolas aos clientes.

Safe Trace

A Safe Trace oferece uma solução de rastreabilidade para a cadeia produtiva do agronegócio. Integrando informações de diversas fontes, a empresa assegura a procedência dos produtos e certifica os produtores que adotam boas práticas sanitárias e ambientais.

Por Summit AGro Estadão

Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil 

Relacionadas

Veja também

Na Expo 2025, a Kawasaki surpreende com o Corleo, um cavalo robô movido a hidrogênio que une tecnologia, sustentabilidade e mobilidade em terrenos desafiadores — uma inovação que pode transformar o futuro do campo e além.
O dispositivo intravaginal de progesterona, monodose, oferecido pela GlobalGen vet science, no ano passado, tem registrado grande aceitação dos pecuaristas adeptos da inseminação artificial em tempo fixo (IATF).
Por meio da captação de imagens em alta resolução, a Taranis do Brasil viabiliza que os produtores otimizem custos com diagnósticos precisos, identificando mais de 100 espécies infestantes
No fim deste ano deve entrar em vigor o EUDR (European Union Deforestation Regulation). A padronização da rastreabilidade na cadeia produtiva é essencial para garantir o acesso dos produtos brasileiros ao mercado europeu.