Search
Close this search box.

Agronegócio de São Paulo registrou superávit recorde com US$ 23,3 bilhões em 2023

10 de janeiro de 2024

Exportações do setor também foram recorde, com US$ 28,39 bilhões
Compartilhe no WhatsApp
Agronegócio de São Paulo registrou superávit recorde com US$ 23,3 bilhões em 2023

O saldo da balança comercial do agronegócio paulista registrou superávit de US$ 23,34 bilhões em 2023, valor recorde da série histórica, segundo dados consolidados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. Esse valor é 11,8% superior na comparação com 2022.

As exportações do setor também foram recorde com US$ 28,39 bilhões, um aumento de 9,3% em relação a 2022. As importações tiveram queda de 1% no período, com US$ 5,05 bilhões.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado foi de 40% e das importações setoriais, 7%.

As exportações totais de São Paulo somaram US$ 71,03 bilhões (20,9% do total nacional), e as importações, US$ 71,78 bilhões (29,8% do total do país). Em relação ao mesmo período de 2022, houve aumento nas exportações gerais de 2% e queda de 12% nas importações.

Entre os principais produtos exportados, os derivados da cana – açúcar e etanol – continuaram como os principais, representando 40% das vendas do Estado. “Embora a participação do etanol ainda seja pequena no resultado da balança, o combustível tem se destacado quando o assunto é minimizar o impacto ambiental, foco dos mais importantes eventos internacionais sobre o clima. Nosso objetivo é tornar o Estado de São Paulo referência no uso de energias renováveis e indústria verde”, disse em nota Guilherme Piai, secretário da agricultura.

Principais produtos

Os cinco principais produtos exportados em 2023, e que representaram 79,3% das vendas foram: complexo sucroalcooleiro (US$ 10,76 bilhões, sendo que desse total o açúcar representou 88,2% e o etanol, 11,8%); complexo soja (US$ 3,64 bilhões, tendo a soja em grão 82,7% de participação no grupo); setor de carnes (US$ 3,15 bilhões, em que a carne bovina respondeu por 82,6%); produtos florestais (US$ 2,70 bilhões, com participações de 51,1% de celulose e 41,1% de papel) e o grupo de sucos (US$ 2,27 bilhões, dos quais 97,7% referentes a suco de laranja).

O grupo de café, tradicional nas vendas externas paulistas, aparece na oitava posição, com vendas de US$ 896,95 milhões (69% referentes ao café verde e 24,4% de café solúvel).

Em 2023 na comparação com 2022, importantes alterações nos valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta paulista, registram aumentos para os do complexo sucroalcooleiro (+26,8%) e de sucos (+18,3%), e quedas nos de carnes (-21,1%), café (-11,8%), florestais (-1,2%) e complexo soja (-0,2%).

Destinos

Segundo o governo estadual, a China é o principal destino das exportações do estado com US$ 7,26 bilhões e detém 25,6% de participação no total do agro paulista. Na segunda posição aparece a União Europeia (US$ 3,83 bilhões, 11,9% de participação em 2023, seguido pelos Estados Unidos (US$ 2,81 bilhões, participação de 9,9% e incremento de 9,41% em valores). Completando os dez principais destinos, em participação, aparecem Índia (3,5%), Indonésia (2,7%), Arábia Saudita (2,4%), Nigéria (2,3%), Argélia (2,2%), Coreia do Sul (2,1%) e Marrocos (2,0%), que representam 65% do total.

Dos três principais parceiros do agro paulista, a China importou principalmente produtos do complexo soja (33,4%), carnes (22,3%), setor sucroalcooleiro (18,6%) e produtos florestais (13,5%). A União Europeia predomina o grupo de sucos (33,8%, basicamente de laranja), seguidos do sucroalcooleiro (13,9%) e café (10,8%), enquanto os Estados Unidos (28,4%) são do grupo de sucos, sucroalcooleiro (14,2%), carnes (13,3%), produtos florestais (8,9%) e café (4,5%).

Importações paulistas

Em 2023, os principais produtos importados pelo setor no Estado foram: papel (US$ 394,16 milhões), salmão (US$ 380,16 milhões) e trigo (US$ 300,08 milhões) e representando 21% do total importado (US$ 5,05 bilhões).

Por Globo Rural

Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil

Relacionadas

Veja também

Produtores rurais, em busca de apoio para superar as dificuldades, se deparam com um decreto injusto que gera preocupação e coloca em risco o setor com a possibilidade de danos irreparáveis
No acumulado do ano, o agronegócio já criou 82,7 mil empregos formais, consolidando-se como uma força vital em regiões estratégicas, como o Centro-Oeste e o Sul do país