Os organizadores da Agrishow – 29ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, que começou no domingo (29), e terminou nesta sexta-feira (3), em Ribeirão Preto (SP), informaram que a edição deste ano registrou um volume recorde de intenções de negócio da ordem de R$ 13,608 bilhões. O valor indica um crescimento de 2,4% em relação à edição 2023, quando foram anunciados R$ 13,29 bilhões.
A feira, considerada a maior da América Latina, tem à frente a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) e a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), sendo os maiores patrocinadores o governo federal, o Banco do Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal.
Com 800 expositores ocupando uma área de 530 mil metros quadrados de área, em um total de 25 quilômetros de ruas, a Agrishow recebeu um público de cerca de 195 mil pessoas, número também equivalente ao da edição anterior.
“Mantivemos os visitantes e aumentamos as intenções de negócios. E esperamos que para o próximo ano o agronegócio brasileiro possa estar ainda mais forte e pujante”, disse em comunicado João Marchesan, da Abimaq e presidente da Agrishow. O valor anunciado é uma estimativa e que provavelmente não será confirmada, já que raramente os 800 expositores relatam dados financeiros fechados de edições passadas. Mas é fato que a venda de máquinas, como tratores e colheitadeiras, representa a maior fatia de intenção de negócios.
O Banco do Brasil, que participa da feira desde que ela foi lançada em 1994, informou na quinta-feira (2), que havia atingido a marca de R$ 3,2 bilhões em propostas, sendo a maior procura por crédito entre todas as feiras das quais participa. O banco realizou 320 eventos pré-feira.
“Bater o recorde histórico de acolhimentos de propostas é resultado do trabalho conjunto dos colegas de diversas áreas negociais do BB. Mais uma vez atuamos para ser próximos e relevantes na vida dos nossos clientes produtores rurais, reforçando os nossos negócios e atendendo às necessidades do pequeno, do médio e do grande produtor”, disse Tarciana Medeiros, presidenta do BB, que se reuniu com clientes e empresários, e deu uma palestra no estande da instituição.
Entre os expositores é uma prática a abertura de negociações pré-feira, para serem fechados no período de realização do evento. Ricardo França, superintendente executivo e head de agronegócios do Santander, banco com o objetivo de fechar R$ 2 bilhões em negócios durante a feira, diz que é praxe chegar na feira com cerca de 60% dos clientes captados anteriormente, e o restante 40% vindo da expertise das equipes comerciais deslocadas para o evento. “Lá atrás, elas já sabem quem virá, o pedido que será feito e aí se fecha na feira, com o preço de feira, tem aquele atrativo a mais. Nesse ano, vimos as equipes com muito menos negócios fechados antes”, diz França.
Gustavo Freitas, diretor de crédito do Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo), que chegou na Agrishow com a ambição de fechar R$ 1,2 bilhão em negócios, sendo boa parte para custeio, afirma boa parte dos produtores miram o Plano Safra 2024/25, que começa a valer a partir de 1 de julho. “Os produtores fizeram os protocolos agora e vão consolidar as compras depois com o novo Plano Safra, que deve chegar com taxas de juros mais atraentes que as atuais.”
Por Forbes Agro
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