As estatísticas oficiais comprovam: o maior
responsável disparado por CO2 na atmosfera – causa de 74% dos GEE –
são os combustíveis fósseis.
A pecuária emite somente cerca de 3% dos GEE, mas – o que nunca entra
na conta – também sequestra carbono e fixa no solo mais do que emite.
Portanto, a atividade tem saldo é positivo, apesar de muitos não
quererem enxergar.
Entendo que a prioridade número um do planeta é acabar com a fome, que
implacavelmente atinge mais de 1 bilhão de pessoas. Conclusão óbvia:
é preciso aumentar a produção de alimentos, para oferecer comida em
mais quantidade e menor preço.
Nos países desenvolvidos, a Revolução Industrial ocorreu bem antes do
que no Brasil. Consequência desse processo, as nações da União
Europeia e os Estados Unidos desmataram suas florestas para sustentar o
seu desenvolvimento com produção agrícola, mineração,
infraestrutura etc.
Nós e os demais países em desenvolvimento precisamos aumentar nossa
produção e infraestrutura para gerar empregos e melhorar as vidas das
pessoas.
Que fique bem claro: não sou favorável ao desmatamento ilegal. Mas
precisamos pensar numa forma de não ter nosso desenvolvimento – que é
extremamente necessário especialmente para a população mais carente –
comprometido e sermos recompensados pelos países que desmataram suas
florestas, se desenvolveram e têm seu povo em condições muito
melhores de vida.
Nosso Código Florestal é o mais rígido do mundo. Além disso, somos
os maiores preservadores do meio ambiente do mundo. De longe! E essa
preservação é executada e financiada pelo agronegócio.
O desmatamento ilegal é obra, principalmente, de criminosos. Em
especial de grileiros, que são na realidade ladrões de terras. Ocupam
áreas públicas e desmatam para tomar posse. O negócio deles é
exclusivamente imobiliário.
O produtor rural, por sua vez, prioriza o aumento da oferta de
alimentos, contribuindo para gerar empregos, aumentar a arrecadação do
Estado, melhorar a balança comercial e diminuir a fome no mundo –
aquela que atinge 1 bi de pessoas.
Não tem sentido nem é justo atacar o agro. Se há quem comete crimes,
trabalha sem ética e sem responsabilidade social e ambiental, precisa
ir para a cadeia. A grande maioria dos produtores é honesta, contribui
para o desenvolvimento do país e para colocar comida na mesa dos
brasileiros e de mais de 180 países. É esse agronegócio que me faz
brilhar os olhos e contribui para um mundo melhor e sem fome.
Assocom – Associação Nacional da Pecuária de Corte
Entidade privada que representa pecuaristas, que utilizam sistemas intensivos na produção de gado de corte e demais integrantes da cadeia produtiva, correlacionados à produção intensiva Congrega um único interesse, o desenvolvimento organizado da produção pecuária de corte brasileira em qualidade e com o uso racional de tecnologias.
Por José Roberto Ribas Filho, vice-presidente da Associação Nacional
da Pecuária de Corte (Assocon)
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