A importância das pesquisas em tecnologia e desenvolvimento sustentável no agronegócio

28 de março de 2024

Segundo o IBGE, Minas Gerais é o estado mais diversificado nas culturas e criações, o que implica num cenário abrangente para investimentos
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A importância das pesquisas em tecnologia e desenvolvimento sustentável no agronegócio

Segundo o IBGE, Minas Gerais é o estado mais diversificado nas culturas e criações, o que implica num cenário abrangente de pesquisas agropecuárias, inovações e ganhos sequenciais de produção, produtividade e qualidade no campo. Mas, a Ciência & Tecnologia deve ser compartilhada para além do mundo acadêmico indispensável ao desenvolvimento sustentável, sendo que pesquisar e adotar são essenciais à modernização crescente da agropecuária!

Em 23/24, estima-se a safra mineira de grãos em 16,8milhões de toneladas, e o café com 29,2 milhões de sacas beneficiadas em 58,0milhões da oferta nacional (Conab – 5º e 1º Boletins); 70% do café arábica exportados são da cafeicultura mineira, e a área média de plantio de grãos é de 4,1 milhões de hectares em MG, apenas 6,9% do território estadual.

A tecnologia adotada pelos produtores rurais reduz a demanda por novas áreas agrícolas, mas não a impede, contudo, ameniza a pressão crescente sobre os recursos naturais para atender às exigências de segurança alimentar em Minas Gerais, com 20,4 milhões de pessoas, e no Brasil, 203 milhões (IBGE).
Além disso, as ofertas de grãos nos caminhos da comercialização abastecem as agroindústrias, atacadistas e varejistas e asseguram a produção de rações para os rebanhos de pequenos e grandes animais (leite + carnes + ovos).

No segmento “pets” (animais domésticos de estimação) prevê-se um movimento R$ 46,42 bilhões em 2023 (BR), o 3º lugar mundial depois dos EUA e China, sendo que 78% são derivados das vendas de alimentos (Abinpet).

Por outro lado, as plataformas digitais, novas biotecnologias e rochagem (pó de rocha) devem ser difundidos entre aqueles que plantam e criam nos 853 municípios mineiros.

Contudo, as metodologias ligadas aos campos de demonstração, concursos de produtividade e dias de campo continuam indispensáveis no processo de difusão de inovações, incluindo-se programas e as agro notícias nos jornais e TVs; em 2017, 200,4 mil estabelecimentos rurais já tinham acesso à internet em MG (Censo Agro).

No Plano Safra 2023/2024, Minas Gerais demandou R$ 36,47 bilhões (13,0%) aplicados entre agosto 2023 a fevereiro 2024, e no Brasil R$ 279,9bilhões no mesmo período; inovar custa caro! Esse plano financia custeios, investimentos e comercialização, estimula programas contidos nas políticas agrícolas e atende aos produtores familiares, médios e grandes empresários.

Em 1980, a safra brasileira de grãos foi 50,8 milhões de toneladas para um consumoaparentede fertilizantes de 4,2 milhões de toneladas; na safra2023 foram 319,8 milhões de toneladas de grãos e usando 45,8 milhões de toneladas de fertilizantes. Comparando 1980 com 2023, a safra de grãos cresceu 529,5% e oconsumo de fertilizantes 990,4%.

Nessa breve caminhada, é preciso novamente registrar que os produtores mineiros também se destacam sequencialmente na oferta de café finos, azeites, queijos artesanais e cachaças premiados em dezenas de eventos nacionais e internacionais, sendo submetidos às rigorosas normas técnicas de avaliação e através de equipes da Seapa (MG).

E mais, os produtores rurais desenvolvem no cumprimento das leis ambientais vigentes centenas de programas de sustentabilidade dos recursos naturais nas paisagens de campo, que são também as grandes áreas coletoras de chuvas para múltiplos usos no campo e cidades.

Assim, no conjunto indissociável formado pelas atividades da indústria, agroindústria, comércio e serviços numa economia aberta e competitiva, os agricultores precisam adotar os processos de sustentabilidade, custo/benefício, gestão para resultados e haver lucratividade.

Em 2023, as exportações do agro mineiro somaram US$ 14,8 bilhões contra US$ 7,30 bilhões em 2012, mais 102,7%, e o PIB dessa agroeconomia foi R$ 205 bilhões em 2022.

Entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2024, o superávit nas exportações do agronegócio brasileiro atingiu US$ 508,2 bilhões (Mapa); em 2023, a indústria brasileira de alimentos faturou bruto R$ 1,16 trilhão, vendas externas de US$ 62 bilhões, e promove 1,97 milhão de empregos diretos (Abia).

Por Diário do Comércio

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